A
coluna vertebral tem como função principal a sustentação do esqueleto humano.
Ela deve ser flexível, mas também deve ser forte e rígida, especialmente quando
sob carga, para manter as relações anatômicas e proteger os elementos neurais.
A capacidade de desenvolver essa função sem comprometimento é a essência da
estabilidade. Para tanto, a estabilidade da coluna vertebral é iniciada a
partir de vários fatores como sistemas osteoligamentar e neuromuscular, por
exemplo, que produzem reações equilibradas para permitir à coluna vertebral
cumprir o seu papel de sustentação satisfatoriamente sem quaisquer prejuízos.
As patologias da coluna
vertebral geram alterações em sua estrutura e função, e estão comumente
associadas à presença da dor. Geralmente, existe a predominância de dor na
coluna lombar. Mesmo sem a existência de doenças ortopédicas ou reumáticas
associadas, as dores lombares tem sido um achado cada vez mais comum.
A incidência e a
prevalência da dor lombar são de tal modo elevadas que passou a ser considerada
como causa de grandes prejuízos econômicos, representando a queixa mais
observada nos serviços de saúde. As dores lombares se situam entre as 20
queixas mais comuns em adultos que procuram o serviço médico público. Atualmente
compreende uma importante causa de afastamento do trabalho e de benefícios
requeridos à Previdência, em razão da deficiência funcional causada.
Cerca
de 80% da população, em algum momento de sua vida, já apresentou ou ainda
apresentará episódio de dor lombar. Estudos prospectivos demonstram que os
problemas lombares não dispõem de um padrão de recuperação espontânea. A
condição biomecânica do indivíduo acometido pela dor lombar crônica piora
regularmente influenciada por fatores físicos e psicológicos.
A
dor modifica e limita aspectos da qualidade de vida, porquanto impõe ao seu
portador mudanças que causam transtornos pessoais, conflitos sociais e perdas
afetivas, familiares, da autonomia e interrupção dos projetos de vida.
Normalmente,
a região do corpo que está em disfunção somática (ou osteopática) encontra-se
em estado de HIPOMOBILIDADE, gerando compensações de estruturas vizinhas que
entram em estado HIPERMOBILIDADE, as quais geralmente compreendem o local em
que o paciente refere a dor. Essa dor pode ter várias possibilidades de causas
diferentes (trauma direto, dores referidas por diversos fatores, etc.) sendo a dor
na coluna lombar apenas consequência das adaptações e compensações que o corpo
sofreu.
Sendo assim, o tratamento
apenas da região lombar (tratamento mais localizado), muitas vezes, não produz
o resultado esperado, de modo que os sintomas persistem e a lombalgia assume
uma forma mais crônica (a partir de 03 meses). Por essa razão, no tratamento osteopático,
uma das características mais evidentes e fundamentais é a avaliação buscando
identificar o mecanismo lesional (a causa do problema) para, a partir daí,
aplicar as técnicas próprias de modo muito específico e analítico em cada tipo
de estrutura do corpo relacionado ao problema.
Se
você sofre desse mal, não tente “se acostumar com a dor” ou realizar
auto-tratamento e NÃO faça uso de medicamentos SEM prescrição médica.
Procure ajuda de um profissional de sua confiança.
Cuide bem da sua saúde e viva uma vida feliz!
Até breve!
Grande abraço!